Câncer Intestino Grosso:
Dr. Paulo Branco irá comentar os comportamentos,
vícios e alimentação relacionados com o Câncer do Intestino grosso.
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1- Epidemiologia:
O câncer colorretal é uma doença que tem grande
repercussão em nível mundial. É a quarta neoplasia maligna diagnosticada
com maior frequência em ambos os sexos, e quase um milhão de pessoas
desenvolvem a doença anualmente. O câncer colorretal é a terceira causa mais
comum de morte por câncer no mundo, responsável por 630.000 mortes anualmente.
2- Causas:
- Componentes Dietéticos e Suplementos:
A relação entre dieta e o risco de câncer colorretal
não está bem esclarecida. Os estudos nesta área são difíceis de realizar,
porque a exposição tende a ser multifatorial e se modifica ao longo do tempo
com a dieta. Além disso, como a carcinogênese colorretal é um processo que
apresenta várias etapas, um ou uma combinação de fatores de risco pode ser
necessária e a suscetibilidade genética provavelmente desempenha o seu papel.
- Embora se
possa afirmar que um individuo que não apresenta outros fatores de risco para o
Câncer Colorretal e ingere uma dieta
rica em fibras, frutas, legumes e
verduras e pobre em gorduras e carne
vermelha animal apresente, em media, menor risco de desenvolver a doença do que
um individuo que ingere uma dieta pobre em fibras,
frutas, legumes e verduras e rica em gordura e carne vermelha animal, é difícil
determinar com certeza que componentes da dieta ou suas combinações são
responsáveis pela diminuição do risco.
- Consumo de Gordura e o risco de Câncer de Intestino
Grosso:
- A gordura, especialmente a gordura saturada animal,
tem sido implicada na carcinogênese do cólon e do reto.
- No, entanto, o consumo de gordura na dieta está relacionado com uma série de outros fatores
que podem influenciar o risco de câncer,
incluindo outros fatores que podem outros fatores dietéticos, como o consumo de
fibras e o consumo de micronutrientes, bem como fatores ligados ao estilo de
vida, como exercícios físicos e consumo de álcool. Portanto, as comparações
ambientais entre países estão sujeitas a um risco substancial de confusão.
- A evidência de que o consumo de carne vermelha está associada ao Câncer Colorretal é, em geral, mais atraente que a evidencia de uma
associação à presença de gordura na dieta. Devido à falta de evidência para uma
associação à presença de gordura na dieta. Devido à falta de evidência para uma
associação independente das gorduras ao Câncer
Colorretal , é improvável que a gordura animal contida na carne vermelha
seja responsável pela associação entre a carne vermelha e o Câncer colorretal.
- Consumo de Carne vermelha e
o risco de Câncer do Intestino grosso e reto:
Há um número de
potenciais mecanismos carcinogênicos independentes não relacionados com o
conteúdo de gordura que podem resultar em uma relação causal entre a ingestão
de carne vermelha e o Câncer Colorretal.
- A carne
vermelha é rica em Ferro, um pró-oxidante. O ferro poderá aumentar a produção de Radicais Livres no Intestino
Grosso, e esses radicais livres podem causar lesões crônicas da mucosa ou
produzir outras substâncias cancerígenas.
- Em humanos o consumo de carne vermelha estimula a
produção de compostos chamados de Nitrosos que tem efeito carcinogênico
conhecido, e este é um mecanismo potencial para uma associação entre a carne
vermelha e o Câncer Colorretal.
- Ao
cozinhar a carne vermelha em chama aberta até que fique bem passada há produção
de aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos que tem efeito
carcinogênico para a mucosa intestinal.
Risco da ingestão da Carne Vermelha e o Câncer:
- Um aumento
diário de 100g de carne vermelha foi
associado a um aumento do risco de Câncer
Colorretal de 12-17%. O risco foi significativamente maior com a ingestão
de carnes vermelhas processadas.
- Consumo de Frutas e legumes e o risco de Câncer
Colorretal:
As fritas e legumes são fontes de antioxidantes,
incluindo os carotenoides e o ácido ascórbico( Vitamina C). Outros componentes
bioativos das frutas e legumes que podem proteger contra a carcinogênese
incluem os indóis e os isotiocianatos.
- O Câncer
Prevention Study também mostrou uma tendência sem significado estatístico
para um maior risco de câncer de
intestino grosso nos homens que consomem menos legumes e nas mulheres que
consomem menos frutas.
- A evidencia global para uma associação entre a
ingestão de frutas e legumes e o risco de Câncer do Intestino Grosso é
inconsistente. Devido a essa falta de dados concordantes, é pouco provável que
um grande número de casos de câncer possa ser atribuído diretamente à falta de
frutas ou legumes, ou que as principais medidas adicionais para aumentar o seu
consumo levariam a uma redução substancial na incidência do Câncer Colorretal.
- Ingestão de Fibras e o risco de Câncer do Intestino
grosso:
- Os
dados sobre a associação entre as fibras e o risco de Câncer Colorretal são
conflitantes.
- Vários mecanismos têm sido propostos para explicar o
efeito protetor das fibras: Elas podem aumentar a velocidade do trânsito
Intestinal e, consequentemente, reduzir o tempo de exposição da mucosa do
Intestino grosso a agentes cancerígenos, e podem diluir ou absorver várias
substancias cancerígenas em potencial, em particular os sais biliares. Além
disso, os produtos de degradação das fibras e a sua fermentação na luz do
intestino grosso, também podem desempenhar um papel protetor com menor risco de
desenvolvimento da doença.
- Atualmente, não existe qualquer evidência a partir
de estudos randomizados sugerindo que a ingestão de
fibras reduzirá a incidência de pólipos
adenomatosos, principal doença
pré-cancerigena do Intestino Grosso.
Conclusão: As modificações dietéticas
para aumentar a ingestão de fibras não têm tido sucesso em reduzir o risco do
Câncer Intestinal.
- Ingestão de Cálcio e câncer do Intestino Grosso:
- Existem evidências epidemiológicas e experimentais
substanciais confirmando o efeito benéfico do Cálcio na prevenção do Câncer do Intestino Grosso.
- Mais recentemente, grandes estudos observacionais
têm sustentado um modesto efeito do Cálcio na prevenção do Câncer intestina, em
particular a suplementação com o Cálcio.
- Ingestão de Vitaminas do Complexo B e o risco do
Câncer do Intestino grosso:
- Um
estudo americano não publicado, comparando dois grupos de pacientes, no grupo
que ingeriu o Folato, uma vitamina do complexo B, houve uma redução de 20% no
risco de Câncer Colorretal.
- Ingestão de Álcool e o risco de Câncer do Intestino
Grosso:
- A ingestão de
álcool desempenha um possível papel sobre a formação do Câncer Colorretal.
- O álcool reduz a
vitamina do complexo B, o folato que sabidamente tem um papel protetor contra o
câncer intestinal.
Conclusão: Álcool.
Assim, a
totalidade da evidência indica que um nível elevado de consumo de álcool ( duas
ou mais doses por dia) está associada a maior risco de contrair um Câncer do
Intestino Grosso e Reto.
- Ingestão de antiinflamatorios e o risco de Câncer do
Intestino Grosso:
- Há considerável
evidência observacional de que o uso de ácido acetilsalicílico ( AAS ) ou
outros anti-inflamatórios não esteroides, tem efeitos protetores sobre todas as
fases de formação do tumor Colorretal.
- Terapia de Reposição Hormonal e o risco de
contrair Câncer Intestino Grosso:
- Estudos observacionais tem demonstrado uma
associação entre a terapia de reposição hormonal em mulheres e uma redução na
incidência e na mortalidade por Câncer
Intestinal.
- Uma meta-análise de 18 estudos observacionais sobre
a Terapia de Reposição Hormonal na pós-menopausa demostrou uma
redução de 20% na incidência do Câncer
Intestinal em mulheres submetidas à Terapia de
Reposição Hormonal, em comparação com aquelas que nunca foram expostas a ela.
- Obesidade e o risco de Câncer do Intestino Grosso:
- A obesidade parece aumentar o risco de Câncer do
cólon em homens e mulheres na pré-menopausa.
- Mecanismo: Um dos mecanismos propostos
para essa associação é a resistência relativa à insulina encontrada em muitos
pacientes obesos. A insulina é um hormônio com ação proliferativa nos tecidos,
o que aumenta o risco de aparecimento do Câncer Intestinal.
- Atividade Física e o Risco de Câncer do Intestino
Grosso:
- Estima-se que a quantidade de exercícios físicos
necessária para produzir um efeito substancial sobre a redução do risco seja de
3,5-4 h de atividade vigorosa ( corrida) por semana, mas requer 7-35 h de
atividade física moderada ( andar em
ritmo acelerado, por exemplo) por semana.
- Os mecanismos biológicos que explicam a relação
entre a atividade física e o risco do Câncer Intestinal não são claros.
- Tabagismo e o risco de câncer do Intestino Grosso:
- Em uma revisão da literatura realizada em 2001, de
um total de 22 estudos que avaliaram a relação entre o tabagismo e o adenoma
colorretal, 21 foram positivos, demonstraram que os fumantes apresentaram
aumento no risco de adenoma de 2-3 vezes, em comparação com os não fumantes.
- A revisão de
estudos mostrou que o risco de câncer foi 1,4-2 vezes maior em fumantes do que
em não fumantes, e que em média fumavam 20 ou mais cigarros por dia.
- Retirada da Vesícula biliar
e o risco de Câncer:
- Dois grandes estudos de coorte prospectivo recentes
foram conduzidos para avaliar esta relação. Em um estudo de acompanhamento a
longo prazo de 278.460 pacientes submetidos a retirada da vesícula biliar e
seguidos por 33 anos, encontrou-se um aumento significativo do risco de doenças
malignas do intestino delgado e cólon proximal, em comparação com a população
em geral. Não foi encontrada associação ao câncer do intestino mais distal.
- Doença Inflamatória Intestinal e o Risco de câncer
do Intestino grosso:
- O câncer do Intestino grosso é mais frequente nas
doenças inflamatórias intestinais de longa duração, embora seja difícil estimar
o risco com precisão.
- Extensão da doença:
Em um estudo feito em 3.117 pacientes com Colite Ulcerativa, a doença menos
extensa foi associada a um risco menor de Câncer
do Intestino Grosso.
- Doença de Crohn: A
relação entre a doença de Crohn e o desenvolvimento do Câncer tem sido
demonstrada com menos consistência.
- História Familiar e o Risco de Câncer do Intestino
grosso:
- Indivíduos com história familiar de câncer apresentam
risco aumentado de contrair a doença.
- O grupo de risco encontrado nas famílias pode ser
atribuído a uma suscetibilidade hereditária, a exposições ambientais comuns ou
uma combinação de ambos os fatores.
- Em uma analise de 27 estudos observacionais que
avaliaram o risco da história familiar sobre o desenvolvimento do Câncer do
cólon, os indivíduos com parente em primeiro grau portador de Câncer
apresentaram um risco de 2,25-2,53 para desenvolver o câncer em comparação com
aqueles sem história familiar.
- Parte do aumento do risco atribuído à historia
familiar deve-se à herança de genes suscetíveis conhecidos.
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