Câncer de Ânus:
O Dr. Paulo Branco irá comentar o Artigo escrito pelo
livro do colégio Americano de Cirurgiões, os fatores de risco com Ilustrações e comentários.
Mensagem: Uma relação com respeito.
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Monica |
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1- Novas considerações Anatômicas:
- É necessária uma nova terminologia porque as
verdadeiras lesões do canal anal podem apresentar um comportamento biológico
mais agressivo, necessitando de
quimioterapia, enquanto as lesões da região perianal podem ser tratadas
simplesmente por retirada ou ressecção local do câncer perianal. Portanto, se os dois tipos de lesões forem
agrupadas involuntariamente em uma mesma
categoria, as taxas de resposta do câncer
anal à quimioterapia podem ser superestimada.
Comentário: Dr. Paulo Branco
Essa é a minha conduta, principalmente para os tumores na margem anal, ou pele
perianal, para os quais eu já retiro dando uma margem de segurança do tumor, e
envio para exame anatomopatológico.
- Os autores propuseram uma nova classificação que
pode ser mais útil a todos que lidam com o diagnóstico e o tratamento dos
portadores de câncer de ânus. O sistema de classificação divide a região em
três segmentos facilmente identificáveis: Intra-anal, perianal e cutânea (
pele).
- As lesões intra-anais são aquelas que não podem ser
totalmente visualizadas,
ou que são vistas de maneira incompleta com o afastamento das nádegas.
- Em contraste, as
lesões perianais são completamente visualizadas e estão situadas em um raio de
5 cm da abertura anal ao se exercer tração sobre as nádegas.
- Finalmente, as lesões cutâneas ficam sitiadas a mais de 5 cm da fenda anal.
- O objetivo
principal desse sistema de classificação é para que todos os clínicos,
incluindo os proctologistas, gastroenterologistas, cirurgiões,
técnicos de enfermagem, oncologistas clínicos
e radioterapeutas, possam realizar esse simples exame em seus consultórios sem
o auxilio de um anuscopio e sem precisar conhecer em detalhes os limites
anatômicos ( Linha denteada ou margem anal) da região.
- A identificação
de uma nova zona, a zona de transformação, também é proposta para auxiliar os
clínicos e patologistas a entenderem como os cânceres epinocelulares
intra-anais podem ser encontrados a 6,8 ou até mesmo a 10 cm proximais à linha
denteada, no reto anatômico.
- A zona de
transição é uma região bem conhecida. É uma área de 0-12 mm de comprimento que
se inicia no nível da linha denteada onde pode ser encontrado um epitélio de
transição semelhante ao urotélio na mucosa do reto, em lugar da mucosa colunar
característica do reto.
- À zona de
transformação é um achado comum na cérvix. Esta zona de transformação, que
poderia ser proposta para o anorreto, é uma região na qual pode ser encontrada
a metaplasia escamosa em lugar da mucosa colunar normal. Esse tecido
metaplásico imaturo pode estender-se rapidamente reto acima e às vezes
estender-se a 10 cm ou mais da mucosa distal do reto.
- A zona de
transformação é uma região importante onde o tecido metaplasico está suscetível
a infecção pelo Papilomavírus humano (
HPV), em particular o HPV 16.
Tipos do HPV: |
2- Terminologia usada pelos patologistas:
-
A
terminologia usada pelos patologistas para se referirem às lesões pré-malignas
do ânus e do períneo geralmente é confusa para os proctologistas, cirurgiões e gastroenterologistas.. Os termos CEA in situs (CIS), neoplasia
intraepitelial anal ( NIA), displasia anal, lesão intraepitelial escamosa (
LIA), e doença de Bowen podem ser usadas para se referir à mesma alteração
histológica.
-
A
AIN e a displasia anal foram ambas
historicamente subdivididas em AIN I, II, III
e em displasia a de baixo, moderado e alto graus. Contudo, como em outros sistemas de estadiamento patológico, as
variações intra e interobservadores são altas nessas categorias.
-
Portanto,
foi sugerido que, ao se referir às lesões intra-anais, perianais e cutâneas das nádegas, as lesões devam ser
classificadas em: normais, escamosas intraepiteliais de baixo grau ( LIEB),
escamosas intraepiteliais de alto grau (
LIEA) ou câncer invasivo. Durante todo este capítulo usaremos essa terminologia
e evitaremos os termos CIS e doença de Bowen.
3- Drenagem Linfática: É a via de disseminação dos tumores anais.
- A drenagem linfática acima da linha denteada (
limite entre a pele e mucosa do reto) ocorre através dos linfáticos do reto
para os linfonodos mesentéricos inferiores e lateralmente para os linfonodos
ilíacos internos. Abaixo da linha denteada, a drenagem se faz principalmente
para os linfonodos inguinais, porém poderá estender-se aos linfonodos retais
superiores ou inferiores.
4- Causas das alterações histológicas do ânus(
displasia ):
- O HPV é
um papilomavírus de DNA com genoma de
8Kb é a mais comum das infecções virais transmitidas
sexualmente. O HPV é a causa
necessária, mas não suficiente para o desenvolvimento do CEA ( CECA) e de LIEs
anais.
Verrugas do HPV: |
- HPV e o câncer do ânus: Embora a maioria dos pacientes seja portadora do HPV, apenas 1% desenvolvem verrugas genitais com baixo potencial oncogênico( HPV dos tipos 6 e 11), e estima-se que 10-46% dos pacientes desenvolverão infecções subclínicas que podem abrigar um potencial maligno ( HPV sorotipos 16,18,31,33,35).
Tumor anal ulcerado: |
- Preservativos e o HPV: A transmissão não é evitada pelos preservativos porque os vírus instalam-se na base do pênis e no escroto e, portanto, abstinência sexual será a única forma de prevenção.
Comentários: Dr. Paulo Branco
1- Logicamente para as relações de risco, na pegada forte
onde há o risco com sexo, drogas e Rock Roll essa regra poderá ser considerada.
Lembrar que nós temos um sistema imunológico que nos protege contra o vírus do
HPV e no sexo entre os casais estáveis o
sexo sem camisinha poderá ser praticado.
2- Atenção: Casal gay x HPV.
Lembrar que a transmissão do HPV
é mais frequente entre homens que
realizam sexo com outros homens, na pegada forte porque o vírus do HPV, reside dentro
da pele e neste tipo de relação sexual, ocorrer um atrito maior e portanto escarifica
ou descama a pele com risco maior de contaminação pelo vírus do HPV.
Cuidado: Ativo controlando! |
Comentário: Dr Paulo Branco.
O ativo deverá esta sob seu controle no inicio da relação, porque ele realiza a penetração muitas vezes sem uma lubrificação adequada e sem esperar o tempo de relaxamento do músculo esfíncter anal, e ai que mora o perigo de você correr um sério risco de contaminação.
- Mulheres x HPV:
Nas mulheres, os vírus podem instalar-se desde a vagina até o ânus.
- Sexo Anal x HPV: Poderá está associado ao
desenvolvimento da doença intra-anal, porém a presença de condiloma ou
displasia no interior do ânus não significa que o sexo anal receptivo tenha
ocorrido.
Verruga intranal: |
- O tecido metaplasico escamoso acima da linha denteada é a substituição do epitélio escamoso imaturo, desenvolvido de modo incompleto e que poderá necessitar de trauma para ocorrer sua ruptura, e mesmo com sua barreira intacta ele é suscetível a infecção pelo HPV.
- HPV: Vírus esperto:
Quando os vírus de DNA iludem a vigilância imunológica
e têm acesso ao núcleo das células replicantes ( reparo da ferida ou metaplasia
), a infecção pode disseminar-se e persistir durante décadas, resultante em
risco aumentado para o câncer.
- HPV x Imunidade:
A imunidade celular parece ser importante para a
resposta celular, impedindo que o vírus permaneça por tempo prolongado.
- Os vírus oncogenicos, levam à proliferação das
células em fase de latência ou interferir nos mecanismos de controle do ciclo
celular. Dois genes virais de regiao precoce, o E6 e o E7, inibem o controle do
ciclo celular, resultando em aumento da proliferação. O E7 liga-se diretamente
aos produtos proteicos supressores de tumor do retinoblastoma ( Rb) e a proteínas relacionadas com o p 130.
- HPV e Displasia:
À medida que a
infecção pelos vírus oncogênicos persiste, os tecidos anais podem evoluir para
displasia de baixo e alto graus e câncer.
HPV x Displasia: |
Comentários: Dr. Paulo Branco
1-A grande carga viral nos genitais tem uma
relação direta com o aparecimento dos canceres, razão pela qual eu na minha
clinica acompanho os meus pacientes com
HPV, periodicamente através de exame endoscópico e Anuscopia de Alta Resolução, na
qual aplico na pele o Ácido acético
que mostrará áreas com coloração esbranquiçada, que contem o HPV. Quando a forma maior é a latente
ou sem verrugas e a carga viral é alta na Anuscopia
de Alta Resolução eu trato aumentando o Interferon local com pomada, se a
região for pequena ou enxergar verrugas eu prefiro o tratamento com o laser.
Anuscopia Alta Resolução: |
2- A destruição focal é segura e poderá resultar na redução da incidência do câncer anal semelhante à observada no câncer cervical após o uso do esfregaço de Papanicolau e destruição focal para tratamento das doenças da cervix uterina.
-HIV x Câncer Anal:
1-Embora a associação do HPV e o câncer anal
esteja clara, a associação do HIV ao
desenvolvimento e à progressão do câncer
anal é difícil de ser distinguida entre os outros fatores que causam
confusão diagnóstica.
2- O aumento das
taxas de câncer anal e displasia é
observado em homens HIV positivo que
fazem sexo com homens e em homens heterossexuais e mulheres HIV positivo que não relatam a pratica
do sexo anal. Os dados acumulados sugerem que homens e mulheres HIV
positivo apresentam maior sobrevivência na era da TARAA e, portanto, a
infecção indolente pelo HIV aumenta
o risco de câncer anal, efeito ainda mais significativo nos pacientes
imunodeprimidos.
5 - Doença de Bowen:
- A designação de doença
de Bowen é aplicada ao CEC in situ tanto em epitélios queratinizados como
não queratinizados. Assim, os autores acreditam que seja uma denominação arcaica
e confusa, de deve ser abandonada e substituída por LIEA.
- A doença de
Bowen (LIEA) é frequentemente encontrada como achado histológico incidental
após cirurgia realizada por outra causa não relacionada, em geral hemorroidas.
A lesão é clinicamente inaparente, mas a avaliação da peça cirúrgica revela um
CEC in situ.
-
Alternativamente, os pacientes podem apresentar queixas de queimação
perineal, prurido ou dor. O exame físico pode revelar discretas lesões
descamativas, eritematosas ou pigmentadas.
- A historia natural da doença de Bowen é pouco definida. Os pacientes imunocompetentes
desenvolvem câncer em menos de 10% dos casos.
- Contudo, em pacientes imunocomprometidos, a taxa de
progressão parece ser maior, semelhante ao que ocorre em pacientes HIV positivo e naqueles
imunossuprimidos submetidos a transplante.
- Os autores defendem o tratamento da doença de Bowen, pois ainda somos
incapazes de identificar os pacientes que evoluirão para câncer. Uma exceção para essa recomendação seriam os pacientes que
apresentam AIDS avançada com estado
geral precário, apesar do tratamento clínico agressivo.
O tratamento ideal é um tanto controverso, porém deve
ser individualizado conforme o paciente.
Orientação:
A recomendação padrão com relação à lesão insuspeita encontrada após
hemorroidectomia é encaminhar o paciente para a sala de cirurgia e realizar biópsias aleatórias com intervalo
de 1 cm, iniciando na linha denteada e em torno do ânus no sentido horário.
- Os cortes por congelação estabelecem o diagnóstico
da doença de Bowen e áreas são largamente excisadas com margem
de 1 cm.
- Os grandes defeitos são cobertor por retalhos do
glúteo e da pele perianal. As taxas de recidiva da doença de Bowen foram altas, de 23%, apesar dessa abordagem
radical.
Comentários: Dr. Paulo Branco
1- Uma abordagem menos radical consiste em corar a
região com acido acético e sob visão direta destruir as lesões aceto- brancas
com o laser.
Região corada: |
Microscópio e Laser: |
2- A técnica acima descrita diminui a morbidade do procedimento pelo laser e preserva a mucosa anal normal e a pele perianal que poderia ser sacrificada. A dor pós-operatória é compatível à qualquer outro procedimento perianal. Finalmente a progressão para doença maligna é muito mais baixa quando comparada com a conduta expectante.
- A doença de
Bowen identificada com o microscópio cirúrgico e acido acético também pode
ser simplesmente excisada, tendo-se o cuidado de manter a margem próxima a
lesão que é vista com o microscópio cirúrgico. A margem profunda será
igualmente mantida próximo a lesão, pois a excisão local ampla parece
apresentar pouco beneficio e com o aumento da morbidade. Pequenos defeitos
remanescentes cicatrizam por segunda intenção.
- Os pacientes de alto risco, os imunocomprometidos e
os que praticam o sexo anal devem
ser seguidos com esfregaços de Papanicolau anualmente e a intervalos de três
anos em pacientes imunocomprometidos e imunocompetentes, respectivamente.
- Outras modalidades de tratamento incluem:
- Aplicação local de
5-fluorouracil
- Terapia fotodinâmica
- Imunomoduladores
- Radioterapia
- Laser
Os relatos em geral são de pequenas séries com
acompanhamento limitado, contudo poderá haver relatos isolados de sucesso com
cada uma dessas abordagens e as opções podem ser consideradas para os casos
difíceis.
5- Câncer da Margem Anal:
O CEC ( Carcinoma),
origina-se da margem anal e do canal anal, embora seja menos comum no primeiro.
A distinção entre as duas localizações é muito importante, pois elas são cada
vez mais consideradas como entidades diferentes, e com tratamento e prognostico
diferentes.
-
A margem anal é definida como a pele que se
inicia na extremidade distal do canal anal, estendendo-se até 5 cm em torno da
fenda anal.
6- Características Clínicas:
1- Os
tumores da margem anal assemelham-se
aos carcinomas de outras áreas da pele e , portanto, são
estadiados e em geral tratados de modo semelhante.
2- Características macroscópicas:
Bordos: Laminados
e elevados
Ulcera:
Uma ulceração central
Importante:
Os músculos esfíncteres geralmente não estão envolvidos pelo tumor.
7- Avaliação e Sintomas:
1- Avaliação:
-
Exame
físico:
-Inspeção externa da pele
perianal, exame digital, anuscopia e retossigmoidoscopia, e palpação das
regiões inguinais.
- Devem-se anotar cuidadosamente o tamanho do tumor,
associação de gânglios aumentados perirretal e, em mulheres, deve ser realizado
o exame pélvico à procura de quaisquer lesões associadas ou invasão da vagina
pelo tumor.
Anuscopia: |
- Citologia: O exame completo com biópsia ou coleta de material com escova, poderá requerer anestesia naqueles pacientes com dor.
- Ultrassom: A propedêutica complementar inclui o Ultrassom endorretal/endoanal para avaliar a profundidade do tumor, presença de linfonodos perirretais e invasão de órgãos adjacentes, e como adjuvante do exame físico.
- Colonoscopia: poderá
excluir eventuais lesões associadas proximais ao canal anal.
- Pacientes HIV +:
Finalmente, deve ser realizado um teste de HIV para aqueles pacientes de maior
risco. Os pacientes HIV + com contagem de CD4 < 200 necessitam de um melhor
controle das infecções oportunistas, maior atenção aos efeitos tóxicos da
quimiorradiação com possíveis alterações na dosagem, e manejo da terapia
antirretroviral.
2- Sintomas:
Os sintomas incluem uma tumoração indolor, sangramento, prurido ( coceira), tenesmo, secreção ou até mesmo incontinência anal.
- Diagnostico atrasado: Em
geral, os tumores da margem anal
caracterizam-se por um atraso no diagnostico devido a sua localização e a suas
características indistintas, e o carcinoma
não é uma exceção. Os pacientes costumam referir que os sintomas aparecem em um
período de 0-144 meses antes do diagnóstico ( média de três meses), e quase um
terço passa despercebido na primeira consulta médica. Os pacientes são
diagnosticados erroneamente como sendo portadores de hemorroidas, fissuras anais,
eczema, abscessos perianais ou
tumores benignos.
8- Estadiamento:
- O estadiamento do carcinoma da margem anal baseia-se
no tamanho do tumor e no envolvimento dos linfonodos, ambos correlacionados com
o prognóstico.
- A drenagem
linfática da margem anal estende-se aos linfonodos femorais e inguinais e
depois aos linfonodos ilíacos externos e comuns.
- O envolvimento dos linfonodos está relacionado com o tamanho e o grau de diferenciação
do tumor.
-
Metástases:
1-Órgãos: As
metástases viscerais distais durante
a primeira consulta são raras, porém deveram ser avaliadas pela Tomografia
computadorizada abdominal e pélvica, a procura de metástases para o fígado e gânglios.
- Esses tumores geralmente são de crescimento lento e
são bem diferenciados, com padrões bem definidos de queratinização.
2- Metástase Gânglios
Inguinais:
Embora a presença das metástases inguinais por ocasião
do diagnóstico indique um pior prognóstico, a sobrevivência por cinco anos em
geral é de 48% ( variando entre 30-66%).
9- Tratamentos:
- O tratamento do Carcinoma da margem anal consiste
tradicionalmente na retirada cirúrgica, com excisão local ampla dos tumores
menores e retirada ou ressecção abdominoperineal para os tumores grandes e
invasivos.
- Contudo, está bem documentado que a ressecção local
isolada apresenta altas taxas de recidiva locoregional, que varia entre 18-63%,
e deverá ser reservada para as lesões que possam ser excisadas ou retiradas com
uma margem de 1 cm, que sejam no estadiamento,
Tis ou TI, e não invadam o esfíncter o bastante para comprometer a sua função.
- Radioterapia:
Desde que foi introduzida no início da década de 1970, a radioterapia tem se
tornado a base para o tratamento do Câncer do canal anal e sua aplicação vem
crescendo também para os tumores da margem anal.
- Taxas de Sobrevida:
1- Excisão ou Retirada local:
As taxas de sobrevivência absoluta em 5 anos para os
pacientes tratados pela retirada ou excisão local variam entre 60-100%, contudo
são mais baixas nos tumores maiores.
-
Radioterapia:
De modo semelhante, a sobrevivência absoluta em 5 anos
para os pacientes tratados pela radioterapia varia entre 52-90%, e o esfíncter
é preservado em 80% dos pacientes.
10- Acompanhamento:
Foram recomendados o exame de rotina por toque retal e
proctoscopia a cada dois meses no primeiro ano, a cada três meses no segundo
ano e depois a cada seis meses.
11- Conclusões:
-
A escolha do tratamento dependerá do
estadiamento do tumor, do resultado funcional antecipado da radioterapia e do
risco de complicações.
-
Embora a cirurgia possa resultar em
alteração da função dos esfíncteres anais, ou em colostomia permanente, a
radioterapia poderá causar alterações cutâneas ( pele) ou Proctite (inflamação
do canal anal), a qual acarreta urgência, incontinência anal ou pode necessitar
mesmo de derivação intestinal ( Colostomia).
- Contudo, se com a retirada cirúrgica existir a
possibilidade de lesão do músculo esfíncter com risco de incontinência ou outro
distúrbio da defecação, pode-se optar pela Radioterapia, que apresenta controle
local e sobrevivência semelhantes.
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