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Neste espaço o Dr. Paulo Branco ira continuamente publicar matérias além de responder duvidas
relacionadas a Medicina e Qualidade de Vida voltadas a população LGBT. Este espaço no entanto,
não substitui a consulta médica, que deverá ser feita pelo médico, no consultório, de corpo presente.





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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Proctologia revista junior: Objetos introduzidos do reto. Matéria escrita pelo Dr Paulo branco


Respostas a revista Junior:

Comentário: Dr Paulo  Branco
- O medico deverá ser compreensivo, porque é um momento delicado e constrangedor para muitos paciente que só procuram ajuda medica quando apresentam sintomas o que poderá representar a sua vida e eu já tive a oportunidade de presenciar e vivenciar casos assim.
- Lembrar que a pressão retal é negativa de modo que o corpo estranho poderá ser aspirado e ficar no inicio do reto, acessível ao toque ou na parte alta do reto e poderá ser estudado na sua topografia somente por exames radiológicos ou endoscópicos.
1-  Dos casos por mim atendidos e tratados o de maior significado foi um paciente que apresentava uma obstrução intestinal por uma garrafa de vidro que ficou impactada no reto.
2-  Consequências para a mucosa retal:
A endoscopia realizada após a retirada destes corpos estranhos revelou na mucosa retal: Sangramentos, Lacerações da mucosa, contusão e pequenos hematomas.

 Objetos introduzidos:
Minha experiência:
Os frascos de desodorante
Consolos inadequados
Velas
Vegetais: Cenoura e pepinos
Suporte de papel higiênico
Canetas

3- Em todos os pacientes deveram ser realizados:
- Exame clinico e físico completo.
- Radiografia simples ( sem contraste ) do abdômen em dois planos.
-  Endoscopia do reto: Para localizar o corpo estranho, sua localização e o tipo de lesão da mucosa.
- Ressonância Magnética pélvica: Para os casos mas graves com quadro clinico de obstrução intestinal ou perfuração com peritonite.

4-Cirurgia:
Indicações:
Peritonite: A perfuração poderá ser no reto ou no colón por objeto perfuro cortante. Apos a perfuração as secreções e fezes passarão através do orifício para fora da ampola retal determinando a formação de um abscesso atrás do reto ou para fora do colón determinando uma peritonite traduzida clinicamente por dor pélvica e  febre. A cirurgia deverá ser o ultimo recurso para a perfuração de objetos na parte alta do reto. Muitas vezes a associação de antibióticos e retirada manual do objeto apresenta bom resultado. Algumas vezes o objeto é tão grande que o medico tem de seccionar parcialmente o musculo anal para poder retira-lo.
Obstrução intestinal: Consequente ao empalamento do objeto na parte alta da ampola retal, Os sintomas serão de obstrução: Cólicas, náuseas, vômitos e para na eliminação de gases e fezes.
Laceração dos esfíncteres: A violência do trauma poderá ser tão forte que determinará a secção do esfíncter anal que precisará ser reconstruído. Quando se suspeita de secção
 dos músculos anais a Ressonância magnética pélvica será o exame de escolha.
         
5- Tratamentos:
- Casos não complicados:
Lavagem do reto: Essa é a forma de tratamento mas comum para retirar pequenos objetos no reto, muitos pacientes realizam na clinica ou na residência.  O ideal é fazer sob orientação medica. Esse método eu não uso como forma de tratamento para grandes objetos.

Retirada endoscópica com instrumentos: adequados: Após  fazer uma sedação e anestesia local, para relaxamento do esfíncter, o objeto retal poderá ser retirado com pinças adequadas. O medico deverá fazer movimentos delicados para a retirada do objeto.

Complicados:
Com perfuração ou obstrução intestinal:
A anestesia é geral, o cirurgião por incisão cirúrgica localizará o local da perfuração no reto ou colón e como há fezes uma sutura não poderá ser feita mas sim uma colostomia ( bolsinha na parede abdominal ) que deverá ser fechada três meses após.


Lesão esfincteriana:
Reconstrução esfincteriana:
Os casos de secção esfincteriana ocorre com maior frequência nos casos em que há violência e representam a minoria quando se consulta a literatura medica e na minha experiência também.

Técnica:
Geralmente ocorre a secção do esfíncter. O procedimento geralmente é realizado sob anestesia local mas sedação. O musculo será dissecado no ponto em que foi seccionado, as extremidades serão identificadas e suturamos uma extremidade sobre a outra com bom resultado. O paciente deverá ser avisado que há um risco de incontinência ( perda do controle da evacuação para gases e secreções ) mesmo com a cirurgia acima referida.

Exames de controle após a reconstrução esfincteriana:
Para estudar a integridade do musculo:
Ressonância magnética
Ultrassonografias endoanal

Para estudar a função do musculo:
Manometria anorretal

Fisioterapia anal:
Muitos pacientes apos a reconstrução anal realizam sessões de fisioterapia para aumentar o tônus do musculo lesado.

Poderá praticar Sexo anal após a cirurgia:
Poderá ter uma vida sexual normal.

5- Sexo excessivo só faz bem e se praticado com prazer, carinho e amor não levará ninguém para a sala de cirurgia

6- Impactantes: Pepino, cenoura grande e consolo de grande diâmetro e comprimento

Espero que você coloque na revista o meu blog:
Blog da saúde gay

Dr Paulo Branco







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