Respostas a revista Junior:
Comentário: Dr Paulo
Branco
- O medico deverá ser
compreensivo, porque é um momento delicado e constrangedor para muitos paciente
que só procuram ajuda medica quando apresentam sintomas o que poderá
representar a sua vida e eu já tive a oportunidade de presenciar e vivenciar
casos assim.
- Lembrar que a pressão retal
é negativa de modo que o corpo estranho poderá ser aspirado e ficar no inicio
do reto, acessível ao toque ou na parte alta do reto e poderá ser estudado na
sua topografia somente por exames radiológicos ou endoscópicos.
1- Dos casos
por mim atendidos e tratados o de maior significado foi um paciente que
apresentava uma obstrução intestinal por uma garrafa de vidro que ficou
impactada no reto.
2- Consequências
para a mucosa retal:
A endoscopia realizada após a retirada destes corpos
estranhos revelou na mucosa retal: Sangramentos, Lacerações da mucosa, contusão
e pequenos hematomas.
Objetos
introduzidos:
Minha experiência:
Os frascos de desodorante
Consolos inadequados
Velas
Vegetais: Cenoura e pepinos
Suporte de papel higiênico
Canetas
3- Em todos os pacientes deveram ser realizados:
- Exame clinico e físico
completo.
- Radiografia simples ( sem
contraste ) do abdômen em dois planos.
- Endoscopia do reto: Para localizar o corpo
estranho, sua localização e o tipo de lesão da mucosa.
- Ressonância Magnética
pélvica: Para os casos mas graves com quadro clinico de obstrução intestinal ou
perfuração com peritonite.
4-Cirurgia:
Indicações:
Peritonite: A
perfuração poderá ser no reto ou no colón por objeto perfuro cortante. Apos a
perfuração as secreções e fezes passarão através do orifício para fora da
ampola retal determinando a formação de um abscesso atrás do reto ou para fora
do colón determinando uma peritonite traduzida clinicamente por dor pélvica e febre. A cirurgia deverá ser o ultimo recurso
para a perfuração de objetos na parte alta do reto. Muitas vezes a associação
de antibióticos e retirada manual do objeto apresenta bom resultado. Algumas
vezes o objeto é tão grande que o medico tem de seccionar parcialmente o
musculo anal para poder retira-lo.
Obstrução intestinal: Consequente ao empalamento do objeto na parte alta da
ampola retal, Os sintomas serão de obstrução: Cólicas, náuseas, vômitos e para
na eliminação de gases e fezes.
Laceração dos esfíncteres: A violência do trauma poderá ser tão forte que determinará
a secção do esfíncter anal que precisará ser reconstruído. Quando se suspeita
de secção
dos músculos anais a Ressonância magnética
pélvica será o exame de escolha.
5- Tratamentos:
- Casos não complicados:
Lavagem do reto: Essa é a forma de tratamento mas comum para retirar pequenos objetos
no reto, muitos pacientes realizam na clinica ou na residência. O ideal é fazer sob orientação medica. Esse
método eu não uso como forma de tratamento para grandes objetos.
Retirada endoscópica com instrumentos: adequados: Após fazer uma
sedação e anestesia local, para relaxamento do esfíncter, o objeto retal poderá
ser retirado com pinças adequadas. O medico deverá fazer movimentos delicados
para a retirada do objeto.
Complicados:
Com perfuração
ou obstrução intestinal:
A anestesia é geral, o
cirurgião por incisão cirúrgica localizará o local da perfuração no reto ou colón
e como há fezes uma sutura não poderá ser feita mas sim uma colostomia (
bolsinha na parede abdominal ) que deverá ser fechada três meses após.
Lesão esfincteriana:
Reconstrução esfincteriana:
Os casos de secção
esfincteriana ocorre com maior frequência nos casos em que há violência e
representam a minoria quando se consulta a literatura medica e na minha
experiência também.
Técnica:
Geralmente ocorre a secção do
esfíncter. O procedimento geralmente é realizado sob anestesia local mas
sedação. O musculo será dissecado no ponto em que foi seccionado, as
extremidades serão identificadas e suturamos uma extremidade sobre a outra com
bom resultado. O paciente deverá ser avisado que há um risco de incontinência (
perda do controle da evacuação para gases e secreções ) mesmo com a cirurgia
acima referida.
Exames de controle após a reconstrução esfincteriana:
Para estudar a integridade do musculo:
Ressonância magnética
Ultrassonografias endoanal
Para estudar a função do musculo:
Manometria anorretal
Fisioterapia anal:
Muitos pacientes apos a
reconstrução anal realizam sessões de fisioterapia para aumentar o tônus do
musculo lesado.
Poderá praticar Sexo anal após a cirurgia:
Poderá ter uma vida sexual
normal.
5- Sexo excessivo só faz bem e se praticado com
prazer, carinho e amor não levará ninguém para a sala de cirurgia
6- Impactantes:
Pepino, cenoura grande e consolo de grande diâmetro e comprimento
Espero que você coloque na
revista o meu blog:
Blog da saúde gay
Dr Paulo Branco
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