HIV- Perguntas, respostas e duvidas.
Medico: Dr Paulo Branco
www.medicinaintegrada.med.br
1-Atualmente a epidemia da doença esta relacionada mas
a comunidade GLBT?
Resposta: De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS) as relações heterossexuais são a principal forma de transmissão do
HIV do ponto de vista global, embora nos países desenvolvidos a exposição ao
HIV por relações homossexuais ainda é a responsável pelo maior numero de casos.
A principal forma de transmissão do HIV
se dá hoje através de relações heterossexuais desprotegidas que tem uma relação
linear com o numero de parceiros e a frequência de mudanças destes parceiros. A
promiscuidade parece ser uma grande aliada na transmissão do HIV independente
da preferencia sexual.
2-Quais as formas mas comuns de transmissão?
Resposta: As principais formas de transmissão são a sexual, sanguínea e
perinatal e as ocupacionais por acidente de trabalho em profissionais da área
da saúde. A transmissão sexual é considerada a principal forma de transmissão
da doença.
3-Qual a forma mas comum de transmissão para os
homossexuais e travestis?
Resposta: É a relação sexual anal receptiva sem proteção. Com a
identifição do vírus e suas formas de transmissão, ficou claro que a maior
incidência inicial neste grupo foi decorrente de uma maior exposição a
contaminação através de relações sexuais com múltiplos parceiros e o
aparecimentos de novas maneiras e
variações no sexo passivo como se da com os praticantes do fisting.
Comentário: O tecido que reveste a região anorretal é de uma
delicadeza e fragilidade muito grande e se você não tiver o cuidado de
manipular com delicadeza e carinho os ferimentos com sangramento iram
acontecer, aumentando o risco de contrair o vírus da AIDS. Meta isso na cabeça
do ativo.
4- Quais os fatores que influenciam ou aumentam o
risco de infecção pelo HIV?
Resposta:
- Profissionais do
sexo;
- Homens
homossexuais;
- Homens casados;
- Travestis
- Pessoas
Promiscuas;
- Numero de
relações sexuais receptivas;
- Idade do inicio
da relação sexual com homens;
- Uso de enemas
para limpeza retal;
- Contatos com parceiros com HIV;
- Contato
desprotegido com o sangue e semem.
- A relação anal
de risco ou incerta;
- Relação oral e a
ingestão de semem.
5- Para os travestis, gay’s, bissexuais e idosos qual a forma mas comum de
transmissão?
Resposta: Nos indivíduos com mas de 13 anos a principal forma de
transmissão, em números absolutos, continua sendo através do contato sexual de
homens que fazem sexo com outros homens. Tenho observado também na clinica o
aumento considerável de gay idosos com o HIV o que provavelmente se deve de um
lado a falta do habito do uso da camisinha quando ativo e passivo e as novas
formas de tratamento da disfunção erétil com vasodilatadores. No entanto,
observamos um aumento na proporção dos casos em que o uso de drogas endovenosa
é o fator identificado como o modo de transmissão da infecção, que mas tem
evoluído juntamente com os idosos.
Comentário: Tenho tratado a cada ano um maior numero de pacientes
idosos com HPV anal com o laser. Eu queria pedir aos idosos que aproveitem os
prazeres da vida sexual possibilitado pelos avanços da medicina, porem que
desfrutem praticando sexo responsável e seguro deixando a fragilidade e emoções
ficarem para depois de colocar a camisinha quando ativo e controlando o ativo
com a mesma responsabilidade. A consulta nos idosos com HIV geralmente exige
uma tranquilidade para que haja um dialogo claro e uma explicação para que ele
não se exponha a contração de outras doenças oportunistas como HPV, herpes,
gonorreia, molusco contagioso, etc. Os gay’s idosos frequentam muito as saunas
para realizar as suas fantasias eróticas, encontrar os amigos
pois muitos são
sozinhos e buscam companhias nestes lugares. As saunas hoje são bem
estruturadas, confortáveis e fornecem as CAMISNHAS para a realização do sexo
sem riscos para os ativos e passivos.
6- Qual a real chance de aquisição do HIV após uma
relação sexual desprotegida?
Resposta: A estimativa da probabilidade de que um individuo
suscetível seja infectado pelo HIV-1 a partir de um único contato sexual com
pessoa infectada pelo HIV é importante para compreender a disseminação
epidêmica do HIV-1 e ajudar a explicar porque a transmissão parece variar em
diferentes regiões do mundo. A descoberta da AIDS se deu como consequência da
investigação epidemiológica e as primeiras definições de caso e acompanhamento
da emergência da epidemia, ainda antes de se conhecer o agente etiológico,
foram feitos através dos dados epidemiológicos e estatísticos. Em trabalho
realizado na Tailândia por exemplo, avaliou-se homens expostos a profissionais
de sexo com soro prevalência de aproximadamente 85% e obteve-se uma
probabilidade de transmissão do HIV por contato sexual, da mulher para o homem,
de 0,031. Esta probabilidade foi maior do que a calculada na América do Norte (
Homem para mulher, 0,01). As probabilidades de transmissão, no entanto,
variaram de acordo com a presença de DST e de circuncisão. Na américa do Norte
a probabilidade chegou a 0,0057 ( oito vezes maior) se o parceiro já apresentava.
Estima-se que a probabilidade de contaminação em relação sexual anal receptiva
sem proteção entre homens seja de 0,005 a 0,030.
7- O que poderá ser feito para reduzir o risco da transmissão
do HIV pela vida sexual?
Resposta: as três estratégias de intervenção empregadas pelos programas
nacionais de controle envolvem:
1- O uso de
preservativos adequados e seguros;
2- Redução do
numero de parceiros sexuais;
3- Controle das
outras DST.
Comentário: O preservativo masculino é a única barreira
comprovadamente efetiva contra o HIV e o uso correto e consistente deste método
poderá reduzir substancialmente o risco de transmissão do HIV e outras DST.
O uso regular de
preservativos pode levar ao aperfeiçoamento na técnica de utilização, reduzindo
a frequência de ruptura e escape e, consequentemente, aumentando sua eficácia.
8- Poderá contrair o HIV mesmo usando camisinha?
Resposta: Usuários apontam como fatores de risco para a ruptura ou escape com
contaminação:
- Lubrificação
insuficiente;
- Lubrificantes
oleosos;
- Presença de ar
e/ou ausência de espaço para recolher o esperma na extremidade do preservativo;
- Tamanho menor
que o pênis;
- Preservativo que
venceu o tempo de validade;
- Sexo anal
realizado de forma inadequada sem as suas regras do tempo de relaxamento
associada a um ativo apressadinho;
- Coito
excessivamente vigoroso;
- Lubrificante em
excesso adicionado no interior ou exterior do preservativo;
- Perda de ereção
durante o ato sexual;
- Contração da
musculatura anal durante a retirada da camizinha sem que se segure firmemente o
preservativo na sua base. Muitos pacientes me enviam e-mail, descrevendo que o
preservativo ficou dentro do reto.
- O uso de dois
preservativos poderá aumentar o risco de ruptura em função da fricção entre
eles e alguns usuários relatam empregar lubrificante adicional entre os dois
preservativos para evitar ou diminuir o atrito entre eles.
- As geleias
espermicidas usadas juntamente com os preservativos são capaz de inativar o
HIV, porem mas estudos médicos precisaram ser feitos para se indicar de forma
mas rotineira.
9- Quantos tipos de HIV existem?
Resposta: Existem dois tipos de HIV, denominados de HIV-1 e HIV-2.
HIV1: É
responsável pela maioria dos casos de AIDS, sendo apenas alguns casos isolados
atribuídos ao HIV2.
10- O que é o CD4+ e qual a relação do CD4 com o
quadro clinico?
Resposta: O vírus entra na corrente sanguínea e pousa, adere ou conecta-se como
em um aeroporto imediatamente em uma proteína do anticorpo. Esse anticorpo é
chamado de linfócito T que é muito
conhecido entre os pacientes com AIDS que é o CD4+, que será atacado pelo vírus
da AIDS. Uma vez firmemente aderido ao CD4+, injeta neste o seu RNA que será
convertido por uma enzima em DNA e passará a ter o controle desta célula, é
como se assumisse o controle, um novo piloto na aeronave. Assim, o DNA viral
passa a comandar a máquina reprodutiva da célula hospedeira, enviando ordens
para que se produzam mais copias do DNA do vírus. Para se ter uma idéia são
produzidos 10 bilhões de cópias em um só dia. Os medicamentos destinados ao
tratamento da doença atuam exatamente bloqueando a reprodução dos vírus nesta
etapa. A maioria dos vírus ficam escondidos dentro do CD4+ e dos gânglios. A contagem de células CD4+ no sangue periférico tem um valor ou implicação prognostica na
evolução da infecção pelo HIV pois é a marca registrada de déficit imunológico
ou da resistência quando associado a certos sintomas clínicos. O sistema
imunológico luta ao produzir anticorpos que combatem o HIV, mas não podem
acabar com a contaminação. A maioria dos testes de HIV faz a contagem desses
anticorpos.
Um teste ELISA positivo indicará a contaminação. Entre
três semanas e seis meses surgem os anticorpos, e a taxa do vírus no sangue
diminui. A doença entra na fase de latência, em que a maioria dos homens se
sentem bem, mas seus anticorpos CD4+ estão gradualmente sendo destruídos.
Depois de aproximadamente 10 anos sem tratamento, a contagem de CD4+ cai para
200. Com a crescente supressão do sistema imunológico, o HIV se multiplica e a
carga viral ou numero de vírus aumenta. É nesse momento que a AIDS se
desenvolve. Não é fácil contrair o HIV. O vírus se espalha por meio do sangue
ou fluidos corpóreos, esperma e possivelmente saliva. A maioria dos gays, travestis e principalmente os
heterossexuais são infectados pelo sexo desprotegido ou inseguro ou pela
injeção de drogas nas veias com agulhas compartilhadas. Você pode esta pensando
que nunca usou drogas, mas os anabolizantes esteroides? Já usou agulhas de
amigos para injeta-los? O vírus não fará distinção entre uma carona da cocaína,
da heroína ou dos esteroides.
- CD4+ > 500cél/mm3: Baixo risco de infecção.
- CD4 entre 200 e 500cél/mm3: Surgem sinais e sintomas de infecção.
Risco moderado de desenvolvimento de doenças oportunistas, como o herpes
simples, herpes zoster, pneumonia bacteriana e candidíase.
- CD4+ entre 50 e 200cél/mm3: Alta incidência de doenças oportunistas
como as pneumonias, candidíase e vírus como o citomegalovírus.
- CD4+ < 50: Grave comprometimento da resposta a infecção. Alto
risco de surgimento de doenças oportunistas.
11- O que é a carga viral e qual a sua relação com o
desenvolvimento da doença?
Resposta: Carga viral é a quantificação de células infectadas pelo HIV por
mililitros de plasma. A carga viral está correlacionada com a evolução da
doença, sendo que já foi demonstrado, por exemplo, que pacientes com uma alta
carga viral apresentaram rápida progressão da doença, ao passo que indivíduos
com níveis menores apresentaram uma progressão mas lenta para a AIDS. Na
verdade, ela nada mais é do que a expressão do grau de viremia ( Numero de
vírus ) presente em um paciente.
12- Quanto tempo após uma exposição pode-se afirmar
com certeza que o individuo não se contaminou?
Resposta: A recomendação ;e de um acompanhamento sorológico de seis semanas,
doze semanas e seis meses após a exposição, sem deixar de realizar a sorologia
no tempo zero após o acidente.
13- O sexo oral é seguro?
Resposta: O sexo oral é considerado de risco moderado se
praticado sem proteção e de baixo risco com a proteção de preservativos de
látex não-lubrificados.
Comentário: Embora alguns pesquisadores tenham registrado casos
isolados de transmissão do HIV por meio por meio do sexo oral, o risco é mínimo
o que se deve principalmente a baixa concentração ou numero de vírus na saliva.
Use a camisinha, sempre.
14- Poderá ser transmitido pelo beijo, aperto de mao
ou abraço?
Resposta: Não. Embora o vírus tenha sido isolado de vários
fluidos corporais como saliva, urina, lágrimas, somente o contato com o sangue,
sêmen, secreções genitais e leite materno têm sido implicados como fonte de
infecção.
15- É necessário o uso de preservativos entre dois
parceiros soropositivos?
Resposta: Todo paciente desenvolve após infecção com o vírus HIV
uma resposta imunológica com a produção de anticorpos. Com o tempo há uma
diminuição nessa resposta e os anticorpos neutralizantes não são protetores,
por isso o uso de preservativos é indicado na relação entre dois parceiros
soropositivos. Existem também, vários fatores que poderão tornar os parceiros
mas vulneráveis a infectividade, como:
- Imunossupressão: Traduzida por níveis
baixos de CD4+.
- Tratamento: Com
anti-retroviral.
- DST: Poderão aumentar a transmissão sexual do HIV.
- Sexo: Praticas sexuais traumáticas que resultam em rompimentos e ferimentos
que permitiram o contato com sangue aumentando a transmissibilidade do HIV.
16- Há uma orientação para restringir a pratica de
esportes nos homossexuais?
Resposta: sabe-se, por outros estudos que o risco de transmissão
em acidentes percutâneos entre atletas é extremamente baixo e depende de vários
fatores como a ocorrência de sangramento ou lesão de pele de um atleta
infectado ou exposição de membrana mucosa como porta de entrada. Estas
condições só ocorrem em limitada taxa de atividades esportivas. Todos devem
estar cientes para evitar ao máximo a ocorrência de ferimentos, acidentes com
materiais cortantes, exposição de pele e mucosa a sangue e secreções.
17- O que é soroconversão?
Resposta: É positivação
da sorologia para HIV. A soroconversao é acompanhada de uma queda expressiva na
quantidade de vírus no plasma ( carga viral), seguida pela recuperação parcial
dos linfócitos TCD4+ no sangue periférico. Esta recuperação é devida tanto à
resposta imune celular quanto humoral. Nesta fase observa-se o seqüestro das
partículas virais e das células infectadas ( CD4+ ) pelos órgãos linfoides
responsáveis por nossa imunidade, particularmente os linfonodos.
18- O que janela imunológica e quanto tempo leva para
um exame tornar-se positivo?
Respostas: É o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e
a soroconversão. O tempo decorrido para
a sorologia anti-HIV tornar-se positiva é de seis a 12 semanas após a aquisição
do vírus, com o período médio de aproximadamente 2’1 meses. Em função do
exposto, não há dúvida quanto a necessidade de um período de seguimento
sorológico, com a repetição do exame a determinados intervalos. Geralmente este
período de acompanhamento é de 18 meses após a última exposição considerada de
risco. A periodicidade da realização do exame anti-HIV é variável de acordo com
o serviço de saúde. Em muitos serviços o seguimento é feito com três, seis, 12
e 18 meses, caso não exista outra exposição de risco.
19- Quais os principais sintomas da doença?
Resposta:
- No inicio da doença:
Crescimento de
gânglios linfático
Febre alta
Diarreia constante
Emagrecimento
Erupções na pele
-
Defesa orgânica comprometida:
Pneumonia
Aparecimento de certos tumores
Neuropatias
Comprometimento da memoria
Comprometimento motor ou dos movimentos
20- Aquela gotinha de secreção que sai do pênis nas
preliminares poderá ter vírus e contaminar?
Resposta: Pode, mas sempre em secreções. O liquido transparente
e viscoso que sai pelo canal do pênis quando o homem está excitado pode ter o
vírus HIV. A uretra é uma mucosa e, como tal, está sempre úmida. Na erotização
anal, as brincadeiras com o pênis e sua secreção quando excitado podem ser uma
forma de contaminação. Portanto use
camizina desde as preliminares, principalmente nas relações impulsionadas pelo
aquele tesão de ultima hora ou na pratica do
sexo casual.
21- Qual o tratamento atual, tem cura?
Resposta: A cura da AIDS ainda não foi descoberta. Ainda não
existem medicamentos que eliminem o vírus HIV do corpo humano. Atualmente
poderá ser controlada com medicamentos que promovem uma qualidade de vida digna
e uma maior e melhor sobrevida. O tratamento contra a HIV é um dos que muda
mais rapidamente na área da saúde, mas os medicamentos jamais devem ser vistos
como uma alternativa ao sexo seguro. Fico assustado ao ver pacientes que não se
preocupam em ser soropositivos só porque acham que os medicamentos os manterão
saudáveis. Há cerca de um ano os médicos aconselhavam o início do tratamento
apenas quando as células caíssem abaixo de 200. Novas pesquisas, porém,
aconselham o tratamento tão logo sua carga viral chegue ao número de 5.000 a
10.000 cópias por milímetro ou assim que sua contagem de CD4+ caia abaixo de
500. Alguns médicos, ainda, são a favor de iniciar o tratamento tão logo se
saiba, que se está com o vírus. Independente de outros indicadores. Vários
medicamentos estão sendo usados para o tratamento. O medicamento mas usado é o
AZT que atua impedindo a reprodução do vírus na fase inicial da doença.
Comentário: Esse medicamentos poderão causar danos no Fígado,
rins e no seu sistema imunológico.
21- Vacina, existe?
Resposta: Os médicos estão tentando desenvolver uma vacina,
porem a principal dificuldade é a grande capacidade mutante do vírus.
22- Quais condições facilitam a infecção pelo HIV?
Resposta: Cortes abertos nos dedos, na sua boca ou no ânus
tornaram a contaminação mas frequente. As DSTs concomitantes, incluindo o
herpes e a gonorreia, facilitam a contaminação pelo vírus, provavelmente por
criarem pequenos ferimentos por onde o vírus ganhará acesso à corrente
sanguínea.
23- Qual o testo que detecta a AIDS?
Resposta: O teste ELISA verifica os anticorpos virais no sangue
e é o principal dos testes para detecção do HIV. Embora muito preciso, há
alguns resultados erroneamente positivos entre pacientes com doenças crônicas
como hepatites e lúpus. Por isso, todo teste deverá ser repetido com a mesma
amostra de sangue e realizar outros mais específicos, como o Western Blot. Se
este também for positivo, então você tem AIDS. Nos EUA o padrão será a
confirmação dos Anticorpos do HIV por um segundo teste para proteger aqueles
poucos pacientes que tem um teste ELISA positivo e um Western Blot negativo.
24- Profilaxia: Como fazer?
Resposta: A relativamente nova estratégia de tratamento contra o HIV por
profilaxia diz respeito a ingestão de medicamentos em uma das seguintes
situações: Logo após o sexo desprotegido com um parceiro suspeito, ou imediatamente
após descobrir que você é soropositivo. Não há ainda qualquer prova médica de
que a contaminação possa ser evitada depois do tratamento profilático em nenhum
desses casos. Deve-se começar nas 24
horas seguintes à exposição ao vírus. Caso você continue com os testes
negativos, a maioria dos médicos irá aconselhar a interrupção da medicação e a
repetição do teste regularmente para verificar se você não se tornou
soropositivo. A terapia profilática não deve ser vista como uma alternativa ao
sexo seguro.
28- Como o senhor acompanha os pacientes HIV positivos
com verrugas?
Resposta: O HPV ou verrugas é a doença que eu mas trato nos
pacientes com AIDS. Eu retiro as verrugas com o laser na pele perianal, canal
anal e reto com o auxilio da endoscopia. O acompanhamento
eu faço na clinica através da colposcopia
anal que detecta os vírus dentro da pele e deveram ser tratados antes que
se transformem em verrugas. Tenho associado para alguns casos a vacina e medicamentos para aumentar a resistência local ao vírus.
27- Muitos pacientes com AIDS tem infecção anal com a
formação de abscessos e fistulas, como o senhor trata?
Resposta: A fistula anal seguramente é a doença protologica que
eu mas trato com o laser nos pacientes HIV positivos. No meu protocolo os
pacientes tomam antibióticos específicos e a retirada da fístula eu faço sob
anestesia local e as vezes sedação. Em relação ao HIV é muito importante saber
o momento certo para realizar a cirurgia anal.
29- As hemorroidas poderão ser causadas pelo sexo anal
passivo?
Resposta: Essa pergunta me fazem com grande frequência. O sexo
anal não causa hemorroida. Se você tem hemorroida evite ter a relação se
estiver sentindo dor, sangramento ou ardência que são sintomas indicadores que
a hemorroida poderá está inflamada ou acompanhada
de uma inflamação do canal anal conhecida como proctite. Se você praticar o
passivo apresentará uma piora desses sintomas e interpretará que o sexo anal
determinou o aparecimento das hemorroidas.
Comentário: A sua conscientização de não ter a relação passiva
na crise hemorroidária é de grande importância para a prevenção da contaminação
do seu parceiro, porque na crise acontece o sangramento que poderá visível ou
não.
30- E a fissura anal, qual a orientação porque tem
pacientes que realizam o sexo anal passivo mesmo com a fissura anal e não
referem dor , como o doutor explica?
Resposta: Muitos pacientes chegam ao meu consultório com a fissura anal aguda ou
crônica referindo que tem uma vida geralmente sem dor. Esses pacientes
geralmente interrompem a sua vida sexual e duplicam a quantidade de água e
fibras ingeridas para formar fezes macias que não machucam ou agravam a fissura
anal existente e assim prosseguem a sua vida sexual praticando somente o ativo.
O que acontece é que um dia ele ou o seu parceiro querem realizar o passivo e a
situação se complica porque a dieta rica em fibras produz fezes macias que não
traumatizam a fissura e portanto indolor o que não acontecerá na relação passiva.
Os pacientes vem a minha clinica e eu realizo o tratamento cirúrgico com o
laser e os mesmos voltam a ter relações normais sem dor. É importante que os
pacientes voltem a ter relação somente após a cicatrização total da cirurgia.
31- Qual o resumo que o senhor faria sobre a AIDS ?
Resposta:
- Faça o teste
- Sempre que
colher sangue ou que assinar uma autorização medica, pergunte para que serão
utilizados;
- Não esconda sua
condição de soropositivo de qualquer funcionário de saúde nem do seu parceiro
sexual quando a intensão for algo mais do que um ato de masturbação. Esteja
consciente sobre quem mais deve saber;
- Assim que souber
que tem o HIV Consulte-se com um especialista sobre as formas de tratamento;
- Tome os
medicamentos religiosamente;
- Remédios contra
o HIV não são uma alternativa à prevenção da contaminação;
- Mantenha-se
informado.
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